Outro dia estava escutando a
música “Cavalo de Pau” do Alceu Valença, e me veio à mente o RIO (aquele que já
citei), a letra dessa música se encaixa perfeitamente em algo que percebo com
bastante frequência em nós: O rio nos obriga a todo o momento deixar algo para
trás, algo com o qual em certa medida já nos acostumamos, mas o real problema
aparece quando o que temos que deixar para trás é algo que prezamos, aí a
conversa fica séria, e as perguntas do tipo “Porque a vida tem que ser assim?”,
o espírito de briga e a não aceitação aparecem. Entretanto a vida é sempre
assim, funciona sempre a ferro e fogo, independente de nossa aceitação.
Nessa desconfortável situação a
pergunta “o que fazer?” continua a ressoar, e tão despercebidamente como esse
texto se formou a resposta a essa difícil pergunta surgiu. Na minha humilde concepção devemos fazer como Alceu a ser
obrigado a deixar seu “algo” para trás fez: guardou as lembranças (boas e
ruins) de seu “algo”, se pergunta onde estaria agora seu cavalo criando assim
espaço para formar-se e revelar-se a imaginação, não negar a importância de seu
cavalo (mesmo que agora ele habite somente em memórias) e seguir a cantar a
incerteza que é a vida. Quem sabe dessa forma toda a caminhada fica mais suave,
e no mar de incerteza surja uma certeza: por mais que fique difícil seguirei a
cantar!