domingo, 17 de agosto de 2014

PR'AONDE?

“Se o primeiro dever do homem é a realização
de si mesmo até seu limite, então toda
sociedade uniformizante é um pecado
imperdoável”
                                                                                              Gaiarsa
            Cores, falas, caras, roupas, gestos, olhares, enfim pessoas. Tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão iguais, digo, nós costumamos a nos achar um tipo de ser diferente, com pensamentos tão secretos que com certeza são originais de nossa mente, mas somos tão repetidos como formigas em um formigueiro. O pior de tudo é que fomos acostumados a sermos iguais, a partir do nascimento tudo se torna uma grande fôrma que quer te modelar, te transformar no ser idealizado... Não quero render, aliás, tudo isso já foi falado aos montes, mas hoje tive a plena consciência que isso é verdade... As crianças sempre tão criativas, com perguntas tão intrigantes (para elas) e os pais sempre “cortando o barato” e com o tempo a curiosidade também, por exemplo: “A criança pergunta ao pai: Pai, por que a grama é verde? E o pai em sua rotineira falta de paciência diz: Porque sim, você queria que ela fosse azul?” E isso a longo prazo cria uma pessoa que não questiona, que aceita, que “engole” tudo que lhe é oferecido, e assim deu errado mais um experimento de sociedade.
            E nós, essas pessoas que foram as cobaias nesse experimento temos a plena sensação de sermos importantes, diferentes, originais... Quão ingênuos somos nós... Mas nesse constante jogo entre vida e ser vivo (nós) sempre imaginamos que nós é que escolhemos o que será, o que seremos, sempre nos vemos no controle de nossas vidas, entretanto chega um ponto em que somos somente empurrados e não há nada que se pode fazer, os papéis se invertem. Agora sim entendo a frase: “Afinal quem é a peça e que é o jogador?” do Humberto Gessinger... Vejamos que a vida está morrendo e quem a mata é a rotina, vejamos que nós estamos morrendo e quem nos mata é essa sufocante fôrma, vejamos que após morrermos seremos apenas seres que “morreram de vontade de viver”...

            Ah sim, se alguém tiver interesse aí embaixo está a música fonte daquela frase “Afinal quem é a peça e quem é o jogador?”:


2 comentários:

  1. Gostei muito do texto, cara! Você realmente tem uma boa percepção do que nos rodeia e nos influência! Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Amigo, apesar de ter lido, relido varias vezes não consigui atingir o nível de entendimento desse texto tão rico em palavras e que realmente mostra a realidade a nossa volta.Mas de uma coisa eu gostei! Engenheiros do Hawai =] kkkkkk, banda muito da hora!!!!
    Agora deixe me provar que não sou um robor e te deixar meu comentario.
    Ass:Viajante do Espaço

    ResponderExcluir