domingo, 24 de agosto de 2014

CAVALO DE PAU

Outro dia estava escutando a música “Cavalo de Pau” do Alceu Valença, e me veio à mente o RIO (aquele que já citei), a letra dessa música se encaixa perfeitamente em algo que percebo com bastante frequência em nós: O rio nos obriga a todo o momento deixar algo para trás, algo com o qual em certa medida já nos acostumamos, mas o real problema aparece quando o que temos que deixar para trás é algo que prezamos, aí a conversa fica séria, e as perguntas do tipo “Porque a vida tem que ser assim?”, o espírito de briga e a não aceitação aparecem. Entretanto a vida é sempre assim, funciona sempre a ferro e fogo, independente de nossa aceitação.

Nessa desconfortável situação a pergunta “o que fazer?” continua a ressoar, e tão despercebidamente como esse texto se formou a resposta a essa difícil pergunta surgiu. Na minha humilde concepção devemos fazer como  Alceu a ser obrigado a deixar seu “algo” para trás fez: guardou as lembranças (boas e ruins) de seu “algo”, se pergunta onde estaria agora seu cavalo criando assim espaço para formar-se e revelar-se a imaginação, não negar a importância de seu cavalo (mesmo que agora ele habite somente em memórias) e seguir a cantar a incerteza que é a vida. Quem sabe dessa forma toda a caminhada fica mais suave, e no mar de incerteza surja uma certeza: por mais que fique difícil seguirei a cantar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário